O Nós por Nós brota da necessidade de ocupar o espaço da rede Portal sem Porteiras com narrativas feministas.
A gente sentia muita dificuldade de que mais mulheres estivessem participando da implementação de uma rede comunitária no bairro. E mais ainda. Sentíamos falta de um espaço seguro para o aprendizado compartilhado e estreitamento dos laços.
Sabemos que as máquinas e a técnica são domínios historicamente preenchidos pela presença masculina. Sentíamos urgência em abrir nossas próprias trilhas até a fonte desses sabers. Através de encontros circulares aliados a tutorias sobre tecnologia propusemos a nós mesmas um tecer coletivo de compreensão. A criação de um chão comum.
O conhecimento nunca é genérico, só existe aplicado ao território. Entendemos que é a partir da intimidade com esse espaço que podemos gerar e gerir essa rede da melhor forma. Para além da conexão virtual, buscamos manter as mulheres conectadas entre si, aprender mais sobre o território que habitamos e manifestar a tecnologia como prática.